sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Porque a Moto me Torna uma Pessoa Melhor.

Passei o dia pensando em escrever essa postagem e quando chego em casa, me deparo com a notícia de que a presidenta Dilma deu uma fugidinha para andar de moto pelas ruas de Brasília...porquê será que ela optou por uma moto??? Bom, li uma notícia um pouco menos recente que falava sobre uma pesquisa, na qual se chegou à conclusão de que pessoas que andam de moto são mais felizes. Acho que a presidenta leu a mesma notícia...
Ao contrário da minha paixão pela aviação, que vem desde quando me entendo por gente, a paixão por motos foi algo que surgiu bem depois, mais exatamente aos 13 anos, quando um colega apareceu com uma mobilete e mesmo morrendo de medo, acabei dando uma volta na garupa. Alguns meses depois eu já tinha a minha e como sou meio autodidata, fui logo comprando uma revista, para entender melhor sobre a máquina e resolver eu mesmo pequenos problemas. Lembro até hoje a cara do mecânico perto de casa quando cheguei e disse que queria regular as válvulas da mobila...(rsrsrs). Mas aquela mobilete foi uma grande escola, onde aprendi muito sobre mecânica e um pouquinho sobre preparação. depois veio uma DT180, que me ensinou o valor do esporte e do companheirismo, pois na trilha, se um não ajudar o outro, ninguém passa! Puxar moto morro acima, tirar de atoleiro, desmontar motor no meio do mato, descobrir caminhos novos...tudo isso tenho uma saudade enorme, assim como todos aqueles que me acompanhavam, nos bons e nos menos bons momentos. Teve situações que senti a insignificância do ser humano, quando está no meio do nada, sem todos os seus apetrechos tecnológicos e isolado do resto da humanidade. Foi uma fase maravilhosa...Depois veio a fase das motos de passeio, onde curti muito com minha esposa, viajando e descobrindo lugares fantásticos. Teve a fase da moto pra trabalho, que me tirou de um baita sufoco financeiro e passou a ser necessidade diária. Agora estou numa fase mista, onde a moto faz parte do trabalho, me levando e trazendo com algum conforto e muita agilidade e economia, e também no lazer, em pequenas viagens e passeios a dois. Mas o mais bacana é ver que a moto, depois que entrou na minha vida, nunca mais saiu, mesmo que eu ficasse algum tempo sem ter uma. Sempre tinha contato com elas (motos) e com motociclistas. E que pessoal bacana esse que gosta de moto! Difícil ver dois motociclistas parados num semáforo sem que um dê uma olhadinha na moto do outro. Claro que às vezes rola uma certa rivalidade, mas o espírito de companheirismo sempre prevalece, principalmente quando se está em apuros, sempre tem um sangue bom pra oferecer ajuda. Poucas vezes vemos isso acontecer com motoristas comuns. A motocicleta aproxima e fortalece as amizades. Talvez por estarmos mais expostos que outros no trânsito, correndo mais riscos e enfrentando as intempéries, geralmente solitários, como cavaleiros medievais. Acho que daí o surgimento de tantos motoclubes e irmandades. Esse sentimento de pertencer a algo importante, que visa um bem comum, é inerente ao caráter e espírito do motociclista. E andar de moto, só pelo ato, já é algo maravilhoso, libertador, que atrai muitos, mas nem todos têm esse espírito liberto e aventureiro, que nos acompanha pelo resto das nossas vidas. Se eu não fosse um motociclista, acho que não seria a mesma pessoa, e arrisco dizer que aos meus defeitos, se somaria muitos outros, que a moto me ajudou à superá-los. Não seria fácil me aguentar, como já não é quando fico sem andar de moto por muito tempo...

Coisas que a moto me ensinou:
_ Arrisque-se mais, mas sempre mantenha a atenção lá na frente.
_ Antes só do que mal acompanhado, mas se alguém ver você cair, o socorro pode chegar antes.
_ Sofrer em boa companhia torna tudo mais fácil.
_ Chegar inteiro é mais importante que ter razão.
_ Perca um minuto no trânsito, para continuar pilotando o resto da vida.
_ Oque você acha que é certo nem sempre é, mas se você estiver aberto à experiências, mais cedo ou mais    tarde descobrirá o que realmente é.
_ A mesma velocidade que te mantêm em pé, também pode te matar, tudo depende de quanto você a dosa.
_ Até uma viagem ao inferno fica divertida quando se está de moto e com os amigos.
_ Nunca caia na pilha de competições, você não tem que provar nada a ninguém.
_ Cada um tem seu estilo e isso é o mais legal, pois seria chato se todos fossem iguais.
_ Tenha paciência com quem é menos experiente, pois amanhã ele poderá estar puxando a fila.
_ Estética é uma coisa secundária, o mais importante é estar seguro, confortável, seco e aquecido.

Têm mais um montão de coisas, mas essas já fazem uma diferença enorme. Quem souber interpretar e aplicar nas mais variadas situações da vida, tenho certeza que se destacará, e atingirá seus objetivos com mais rapidez e tranquilidade. E curtindo a viagem!

domingo, 19 de maio de 2013

O Pentecostes

"Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar.2 De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados.3 E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles.4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava.5 Havia em Jerusalém judeus, devotos a Deus, vindos de todas as nações do mundo.6 Ouvindo-se o som, ajuntou-se uma multidão que ficou perplexa, pois cada um os ouvia falar em sua própria língua.7 Atônitos e maravilhados, eles perguntavam: "Acaso não são galileus todos estes homens que estão falando?8 Então, como os ouvimos, cada um de nós, em nossa própria língua materna?9 Partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, Judeia e Capadócia, do Ponto e da província da Ásia,10 Frígia e Panfília, Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene; visitantes vindos de Roma,11 tanto judeus como convertidos ao judaísmo; cretenses e árabes. Nós os ouvimos declarar as maravilhas de Deus em nossa própria língua!"12 Atônitos e perplexos, todos perguntavam uns aos outros: "Que significa isto?"13 Alguns outros, todavia, zombavam e diziam: "Eles beberam vinho demais"
Hoje se comemora na Igreja Católica o Domingo de Pentecostes, quando o Espírito Santo se manifestou aos apóstolos de Jesus. A crença no espírito é comum a várias religiões e transmite a ideia de que somos formados pela união do corpo (matéria) com a alma (espírito). Essa união pode ser desfeita com a morte do corpo e a "libertação" do espírito, que voltaria para sua condição primitiva, mas já "aperfeiçoado" pela experiência carnal. É inegável que temos uma "essência" maior do que nosso corpo, que nos faz tomar atitudes inexplicáveis pelas leis da natureza e essa essência se modifica pela vivência, mas também preserva características imutáveis ao longo dos anos.
Se somos seres espirituais, aprisionados no corpo material, podemos sofrer interferências tanto do mundo material (dor física, fome, frio, calor, cansaço, etc.) como do mundo espiritual (amor, ódio, sentimento de vingança, gratidão...) que não são comuns aos animais. E essa "interferência" foi oque aconteceu de uma maneira extraordinária com os apóstolos, quando receberam em seus corpos a presença de outro espírito: o Espírito Santo.  Durante essa manifestação do Espírito Santo, o indivíduo tem sua coordenação motora (fala, gestos,expressões) atribuída a algo que não vem de sua própria vontade, mas sim de sua passividade diante de uma entidade espiritual, como pode ser observado em outras religiões também. A diferença é de onde vem essa "entidade". O Espírito Santo é a manifestação de Deus através do dom deixado por Cristo, como algo para nos lembrarmos e sentirmos sua presença de maneira material, assim como ocorre na eucaristia. Dessa forma, nossa memória preserva a lembrança, como quando olhamos uma foto ou sentimos o perfume de alguém que queremos bem e desejamos ter sempre guardado na memória. Quem nunca lembrou de uma pessoa querida, ao sentir um perfume ou ouvir uma música, ou ver algo que lembrasse momentos felizes ao lado daquela pessoa? Assim ocorre conosco, mesmo que nunca tenhamos visto Jesus, mas lembramos dele e sentimos sua presença através de Seu Espírito. Porém, gostaria de lembrar que esse dom (línguas) não nos torna melhores que os outros, pois isso é apenas algo pessoal e não serve de nada para que possamos ajudar nossos irmãos. Mais importante que os dons, são os Frutos do Espírito, como nos explicou Paulo: "Mas o fruto do Espírito é: o amor, a alegria, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei."
E Paulo nos deixou bem claro que o maior deles é, sem dúvidas, o Amor:
"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor. "

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Ônibus? Tô fora...

Faz quatro meses que vendi minha moto e tive que voltar para o martírio diário do transporte coletivo. Quem utiliza esse tipo de transporte no dia-a-dia conhece bem os problemas enfrentados e a maioria espera ansiosa pelo dia de se livrar da sua dependência. Alguns dirão que não é  tão ruim assim, que temos em Curitiba um dos melhores transportes públicos do país e que é preciso colaborar para melhorar o trânsito e tal...Mas, a verdade é que estamos longe de ter algum conforto e segurança, principalmente quem utiliza as linhas metropolitanas, que parecem ser menos fiscalizadas e ficam um pouco abandonadas pelas empresas operadoras. Basta ver o estado de alguns carros, que parecem ter mais de 20 anos de uso, cheiram mal e costumam dar constantes problemas, causando atrasos nos horários e deixando os usuários "na mão". Além disso, muitos motoristas devem pensar que passageiro é refém do sistema (e deve ser mesmo), pois não tem o mínimo de educação e cuidado na forma de conduzir o veículo, arrancando e freando bruscamente, sem falar na forma perigosa como provocam os condutores de outros veículos que transitam pela via. Junto com o desconforto de ser tratado como gado, ainda tem a falta de confiabilidade dos horários, que sofrem com constantes atrasos e até mesmo ausência de carros em determinados horários, oque faz o passageiro ficar plantado no ponto sem saber se seu ônibus está apenas atrasado ou se não virá. Já aconteceu diversas vezes comigo, e o pior é que algumas vezes deixamos de usar outra linha e depois temos a surpresa desagradável de constatar que realmente ele não passará. Se fosse só chegar atrasado ou ter que caminhar uns quarteirões a mais, sem problema! Mas fica-se no ponto, às vezes só, à noite e correndo risco de assaltos, que são constantes, tanto dentro como fora dos ônibus...
Fonte: http://genuflexo.blogspot.com.br/2012/02/arte-de-pegar-um-onibus.html
Com todos esses problemas, fica difícil convencer alguém a deixar o conforto do carro para virar sofredor dentro das "latas de sardinha" que têm a pretensão de nos transportar e ainda receber elogios do trabalhador que passou um dia de cão e ainda tem que encarar mais uma aventura para chegar no conforto de seu lar. O carro adianta um pouco esse conforto, mesmo que custe mais carro e demore mais para chegar (será?). Arrisco até a dizer que em trajetos curtos, com menos de 10 quilômetros, eles se equivalem, pois qualquer carro moderno faz perto de 10 km/l e a passagem custa quase o mesmo que um litro de gasolina. Se tiver onde estacionar, pra quê sofrer? Ou, então, opta-se pelas motos, que são de longe a melhor alternativa, tanto na economia como na agilidade, perdendo só em conforto e segurança (relativo, também). Esse é meu caso, que espero estar solucionado muito em breve, com a compra de outra moto, para fazer o trajeto casa-trabalho-casa e pequenos deslocamentos urbanos. Se houvesse uma infra-estrutura melhor, preços menores e mais segurança, poderia até escolher a bicicleta elétrica, que supriria minhas necessidades com total economia e praticidade, mas ainda é um sonho distante, pois não tenho coragem de investir o valor de uma moto em um veículo que sofre com a falta de respeito dos demais condutores e que pode ser furtada com certa facilidade. Por mais que seja um amante do pedal, ainda não me sinto seguro para usar a bike como meio de transporte. Espero que esse quadro mude com o tempo e trabalho dos nossos governantes, cada vez mais pressionados a tomar uma atitude que mude essa carrocracia que existe hoje, onde quem tem carro é rei, e a plebe que se vire nas "masmorras coletivas" que circulam com dificuldade no mar de veículos comprados com IPI reduzido e financiamento em trôcentas vezes sem juros...

sexta-feira, 29 de março de 2013

Sobre carros e sapatos

Foto: http://flaviogomes.warmup.com.br/tag/laika/
"Carro rebaixado é igual mulher de salto alto; é difícil de andar, mas fica um tesão..." A frase no vidro de um corsinha (enterrado, diga-se) me chamou a atenção, e mesmo sendo uma filosofia de "mano" (nada contra, nem a favor), não deixa de ter um fundo de verdade. Sapatos e automóveis têm mais em comum do que podemos pensar, pois ambos dizem muito sobre seus donos. Num mundo ideal, tanto um como outro poderiam ser usados todos os dias, nos mais variados tipos de pisos e ocasiões, mas como esse mundo não existe, temos que escolher qual carro ou sapato usar, de acordo com o momento. No caso dos sapatos, a coisa é mais simples, pois podemos ter vários pares, de diversos tipos e modelos, que não ocuparão tanto espaço ou custarão tão caro. As mulheres podem sair de casa com um salto de 15cm e ter na bolsa uma sandália ou tênis para imprevistos e terrenos irregulares, mas um carro é algo que tem custo relativamente mais alto e que precisa de espaço para ser guardado, então, tem que ser escolhido com cuidado. Um executivo pode optar por um sedã luxuoso ou um imponente SUV, que demonstrariam claramente o quão bem-sucedido ele é, mas não são veículos práticos e econômicos para o dia-a-dia. Já o jovem solteiro pode ter um esportivo para ir à balada e fazer sucesso com a mulherada, mas ficaria limitado a rodar apenas em locais bem pavimentados. Cada veículo tem um uso específico e consumidores certos, porém o ser-humano é um animal sentimental e não haje apenas pela racionalidade. Assim como as mulheres gostam de colecionar sapatos, os homens se deixam atrair por carros e se puderem teriam um de cada modelo para cada dia da semana. Como isso não é possível à maioria dos mortais, então resta escolher um e depositar sobre ele toda a sua personalidade, para se diferenciar em meio à multidão. Isso explica o porquê de vermos tantos carros baixos se arrastando pelas ruas. Por mais que um sapato de salto seja desconfortável, perigoso e prejudicial à saúde, não dá pra negar o impacto que eles causam tanto em homens como em mulheres (geralmente com um quezinho de inveja nelas). O carro rebaixado é assim também, chamando a atenção e causando inveja por onde passa. Claro que isso tem um preço, pago a cada lombada, cada buraco das nossas maravilhosas ruas, que não perdoam nem mesmo Ferraris. Na maioria das vezes, é o fator emocional que decide a compra do carro e a personalização segue esse mesmo caminho, contrariando a razão e os gostos alheios. É errado isso? Bem, desde que seja respeitada a lei, acho que não. Se te agrada, então o esforço vale a pena, mesmo que o torne alvo de críticas. Mas deve-se sempre respeitar os limites do veículo, pois ninguém vai correr no parque de sapato social: pode ser desastroso, tanto para o condutor do veículo rebaixado, quanto para outros que podem ser envolvidos em um acidente. Também deve-se realizar as modificações com total segurança, usando peças especiais e sem gambiarras e improvisos. No mais, é só curtir os soquinhos e que se abaixem as formigas!

quinta-feira, 7 de março de 2013

Orientação X Autuação - 2

Recentemente, uma declaração do secretário de trânsito de Curitiba reacendeu as discussões sobre as atribuições dos agentes da Setran, que devem orientar e fiscalizar o trânsito da capital. Já havia comentado em outra postagem sobre os impedimentos físicos da orientação no caso de uma infração já cometida, devido à impossibilidade de comunicação entre o agente e o condutor. Agora, pretendo explanar rapidamente os impedimentos legais de APENAS orientar e não autuar o condutor infrator.
Fonte: http://blogdowalterlima.blogspot.com.br/p/seus-direitos.html
O antigo código de trânsito previa uma "advertência verbal" para o condutor infrator, quando o agente de trânsito julgasse "involuntária e sem gravidade" certos tipos de infração e, talvez daí que veio a ideia errônea de que o agente pode fazer o papel de juiz, julgando no momento se é conveniente ou não autuar o infrator. Com a entrada em vigor do novo código de trânsito, não existe mais, legalmente, essa possibilidade, sendo a lavratura do Auto de Infração um ato vinculado, que deve ser realizado, de ofício, pelo agente da autoridade de trânsito. Veja bem: o agente de trânsito é um agente público e nessa condição deve agir em virtude da lei, sendo passível de punição prevista em lei quando não realiza seu trabalho, ou o faz de maneira incorreta. Se o CTB define, no art. 280, que a lavratura se dá na constatação da infração, concluímos que não cabe ao agente "optar" por ela, sendo esta obrigatória. Contudo, assim como no antigo código, o novo também prevê a advertência por escrito e, esta sim, sendo uma discricionariedade da autoridade de trânsito, que pode aplicá-la em substituição à multa pecuniária, nos casos previstos no art. 267 do CTB. Ao agente de trânsito, cabe apenas julgar se o ato cometido pelo condutor seria ou não uma infração de trânsito e, preenchidos os requisitos, lavrar o auto. Então, a orientação só é possível como um meio de se prevenir o cometimento da infração como, por exemplo, uma recomendação para que se coloque o cinto ou desligue o celular antes de pôr o veículo em marcha.
Pode parecer um tanto antipático e radical demais essa postura exigida do agente de trânsito, que pode até mesmo ser julgado como "desprovido de bom senso". Porém, o cumprimento da lei é exigência imposta à todos, até mesmo àqueles que fiscalizam e que, diante de uma acusação de improbidade administrativa, não poderão alegar que o "bom senso" não os permitiu realizar seu trabalho. Trabalho que, tendo em vista o princípio da supremacia do interesse público, é de vital importância que seja realizado com total imparcialidade e impessoalidade pelo agente de trânsito.

Se você gostou desse texto, leia também: Multar ou não multar: eis a questão.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Radares escondidos: Mentira descarada!

Essa semana me chamou muito a atenção uma foto postada no facebook que mostrava supostos radares escondidos atrás de placas de trânsito e que seria em Curitiba, mais exatamente na Av. Com. Franco (av. das torres), no bairro Uberaba. Interessante que em uma rápida avaliação já é possível notar uma grande diferença entre as luminárias que aparecem na foto e as que existem na Av. Com Franco. Levando isso em consideração, fiz uma pesquisa na internet e descobri que a foto seria da Av. Bezerra de Menezes, em Fortaleza - CE.
Sem querer discutir se realmente se trata de radares (que mais parecem câmeras de monitoramento, e que estão sendo instaladas aqui em Curitiba para o SIM - Sistema Integrado de Monitoramento), penso que quem fez essa postagem não se preocupou em averiguar a veracidade dos fatos e causou um sensacionalismo, pois temos muitos "fãs da velocidade" que não gostam de serem fiscalizados e preferem imprimir livremente a velocidade que quiserem na via, sem se preocupar com os riscos que causam aos demais usuários, principalmente aos pedestres. "Atirar pedras" nos órgãos fiscalizadores é um dos esportes nacionais preferidos e os políticos sabem muito bem disso, então, criam essas postagens para atacar seus adversários que estão no governo. Não faz um mês que a nova gestão assumiu a prefeitura de Curitiba, e já recebe ataques daqueles que perderam as últimas eleições. E são ataques covardes e mentirosos. Não sou advogado de ninguém, mas esse tipo de coisa me irrita! Se quer atacar, faça de modo honesto e com argumentos verídicos. E, pior, sem usar imagens alheias e distorcer os fatos...

A foto publicada no facebook:

A foto original, extraída do site: charlessomce.blogspot.com.br