terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sem voz, não teremos paz

"Passa tudo!" Depois que você ouve essa frase, sua vida não é mais a mesma. Quem já foi vitima de assalto sabe bem todo o transtorno causado pela perda dos documentos e objetos pessoais, fazer B.O, correr atrás de segunda via de identidade, carteira de habilitação, sem falar no celular, que vai embora levando nossa agenda e boa parte de informações que utilizamos diariamente...
Mas, o pior de tudo isso é, sem dúvida, a sensação de insegurança que fica nos acompanhando no dia-a-dia. Depois de ser assaltado no onibus e, menos de uma semana depois, sofrer nova tentativa de assalto no ponto de onibus (só não levaram nada porque não havia o que levar), me vejo forçado à mudar minha rotina diária, pois a tensão constante é muito desagradável e o onibus, que para mim era vantajoso como meio de transporte para o trabalho, passa a ser uma agonia insuportável. Nossos governantes fazem campanha para que a população opte pelo transporte coletivo, modernizam os terminais, investem altas quantias para dar um aspecto de meio de transporte confortável e rápido, mas não fazem investimentos em segurança. A simples instalação de cameras, que poderia inibir a ação dos bandidos e ajudar a policia na identificação dos mesmos, fica paralisada porque ninguém sabe quem vai pagar a conta; o efetivo da policia não é suficiente para estar em todos os lugares, mas iniciativas bem planejadas, como o grupo tático velado (GTV), que ajudou a diminuir o número de assaltos à onibus a alguns anos atrás, mostra que não é preciso muito investimento para obter resultados consideráveis. Ações conjuntas entre policia civil, militar, guarda municipal e população poderiam resultar em expressiva diminuição do índice de criminalidade, que a cada dia está maior e se espalha por toda parte.
Todos nós pagamos impostos, pagamos a tarifa de transporte e ainda temos que pagar para obter novamente os documentos que foram roubados. Você já parou para pensar o quanto gastamos com medidas de segurança, que vai desde um simples cadeado até sistemas monitorados de vigilância privada, e que deveria ser dever do estado proporcionar aos cidadãos? Enquanto se discute de quem é a culpa da falta de policiamento, da falta de cameras nos onibus e da falta de iniciativa para diminuição da criminalidade, o trabalhador continua pagando um alto preço para ir ao trabalho, tendo que sofrer ameaças por parte dos marginais e não sabendo se retorna em segurança para o seu lar. Se não buscarmos os meios de comunicação para fazer valer nossa voz, continuaremos sendo alvo do descaso dos nossos governantes, que ficam no jogo de "empurra-empurra" e nunca tomam atitudes realmente eficientes para solucionar o problema. Clique no link e veja a reportagem:
http://g1.globo.com/videos/parana/v/medo-e-muitos-boletins-de-ocorrencia/1617395/#/ParanáTV1/Curitiba/20110902/page/1

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